Os líderes sindicais e
associativos encerraram o lançamento da Campanha Salarial dos servidores
públicos estaduais requerendo uma audiência com o governador Camilo Santana. Na
ocasião, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) prometeu encaminhar a solicitação dos
trabalhadores. O parlamentar também sugeriu que a pauta fosse discutida com os
secretários Nelson Martins, chefe da Casa Civil, e Maia Júnior, titular da
Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado – Seplag.
Os
coordenadores do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores
Públicos Estaduais (Fuaspec) expuseram a situação financeira do Estado e
criticaram o posicionamento do coordenador de gestão de pessoas da Seplag,
Fábio da Silva Miranda. A critica veio do professor Lúcio Maia, diretor do
Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf-CE), e responsável pelo estudo
técnico que apontou as perdas salarias de 20,22%. “O companheiro do
planejamento só falou das despesas, mas é necessário falar dos dois lados da
moeda. O deputado pode até intermediar essa audiência para que discutam conosco
o que nós pretendemos”, completou Maia.
O presidente do
Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará
(Sindasp/CE), Valdemiro Barbosa, ressaltou a importância da coletividade e
convocou os servidores para o próximo evento do Fuaspec, no dia 14 de novembro,
quando haverá uma caminhada saindo da Assembleia Legislativa ao Palácio da
Abolição. “Se tiver cinco mil pessoas nessa caminhada do dia 14 tenho certeza
que o governador recebe os sindicatos”, disparou Barbosa.
Os servidores
recordaram que há dois meses, as empresas terceirizadas contratadas pelo Estado
ingressaram com uma ação no Tribunal de Contas requerendo o repasse da inflação
para cumprimento dos contratos, “enquanto que o servidor é penalizado sem
reajuste justo”, disse Eliene Uchoa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores
na área de Trânsito do Ceará (Sindetran/CE). A sindicalista cobrou um
posicionamento aos 46 deputados da Casa Legislativa, já que a revisão geral
anual está assegurada no artigo 37, X da Constituição Federal.
Além da
reposição salarial de 20,22%, os integrantes da mesa cobraram a regularização
do atendimento do Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (Issec)
e a realização de concurso público. No último tópico, os diretores da
Associação dos Servidores da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social,
Hilda Nepomuceno e Daniel Lima se lembraram da deficiência de pessoal na
Secretaria do Trabalho, dado reconhecido pelo parlamentar.
Por fim, Rita
de Cássia Gomes, coordenadora geral do Fuaspec, destacou situações vivenciadas
pelo servidor que, de maneira geral sofre com a falta de pessoal nas
repartições, além das perseguições e atos de assédio moral. Rita de Cássia
também criticou o valor do salário base dos trabalhadores “que são massacrados
diariamente”, concluiu.
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