Mobilização em defesa do reajuste salarial será no dia 4 de junho, às 9h, no Palácio da Abolição
Primeiro, o secretário de Planejamento e Gestão, Mauro Filho, deslocou a reunião da MENP, antes agendada para o Palácio da Abolição, para a Seplag. No mesmo dia, adiou a negociação para o dia 4 de junho. Diante dos fatos, os dirigentes sindicais, decidiram marcar a mobilização para o Palácio da Abolição, como forma de demonstrar a insatisfação dos servidores com o descaso do governo.
O coordenador geral do Fuaspec, P. Queiroz, destacou que foram protocolados seis pedidos de negociação com o governador Camilo Santana desde o início do ano. Desrespeitando a data-base dos servidores (1º de janeiro), o governo estadual segue sem a concessão do reajuste devido.
Perdas corroem 20,64% dos salários
São 20,64% de defasagem salarial por conta de reajustes negados ou concedidos abaixo da inflação, desde o primeiro governo Camilo Santana. “Neste momento nós deveríamos estar discutindo nossa reposição salarial, mas o governo continua empurrando com a barriga. Está na hora dos servidores manifestarem a sua insatisfação. A reposição salarial é garantida por lei”, afirmou P. Queiroz.
Lúcio Maia, diretor de Organização do Sintaf, é o autor do estudo técnico sobre a situação das finanças estaduais. Na ocasião, ele informou que os dados do primeiro quadrimestre dos relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal serão divulgados hoje. “O governo diz que a situação está difícil. No entanto, vamos continuar abaixo do limite de alerta e com dinheiro em caixa”, enfatizou. “Cada categoria deve mobilizar a sua base. É fundamental termos uma forte mobilização no dia 4, senão o governo não nos concederá o reajuste”, completou.
Hora de mostrar a indignação
“Esse filme nós já assistimos”, comentou Patrícia Facó, diretora do Sindagri. “Em 2016, representantes do governo chegaram a dizer que os servidores estavam satisfeitos, pois não estavam lá para reivindicar o reajuste. Temos que ir à luta, mostrar a nossa insatisfação”, conclamou a diretora.
“Já são 20,64% de perdas salariais, sem contar os 3% de aumento no desconto de nossa previdência e o desconto do ISSEC. Estamos adentrando o sexto mês sem reajuste e tudo continua na mesma”, critica Dimas Oliveira, também diretor do Sindagri. “Diante dos momentos de crise, os servidores públicos são apresentados como os vilões. E na verdade só estamos reivindicando o que é nosso direito, o que é garantido por lei. Temos que sair do whatsapp e dos gabinetes e ir à mobilização”, convocou.
Para Bira Fontenele, diretor do Sintaf, os verdadeiros vilões não são os servidores, mas os grandes sonegadores do país. “Estudos comprovam o impacto da sonegação e dos benefícios fiscais às grandes corporações, como o refis. A culpa não pode recair em cima dos aposentados e dos servidores públicos, que são aqueles que se dedicam a atender os anseios e a necessidade da população”, evidenciou Bira.
Mobilização em defesa da reposição salarial dos servidores estaduais
Dia 4 de junho, a partir das 9h, no Palácio da Abolição (Av. Barão de Studart, 401 - Meireles)